'Muitos mudam de sexo quando os traumas não são tratados’, alerta ex-trans

Para Walt Heyer, existe uma crise psicológica e espiritual por trás da ideologia de gênero.

Fonte: Guiame, com informações de Fox NewsAtualizado: sexta-feira, 13 de junho de 2025 às 19:32
Há 40 anos, Walt Heyer ou pela destransição de gênero. (Foto: Walt Heyer).
Há 40 anos, Walt Heyer ou pela destransição de gênero. (Foto: Walt Heyer).

O ex-transgênero Walt Heyer, de 84 anos, afirmou que aqueles que enfrentam disforia de gênero devem receber tratamento para seus traumas psicológicos ao invés de tratamento de mudança de sexo.

O cristão, que destransicionou há 40 anos após conhecer Jesus, lançou o livro "Abraçando o Design de Deus" junto com a Dra. Jennifer Bauwens, que aborda a crise espiritual e psicológica por trás da ideologia de gênero.

No livro, os autores cristãos relatam que o movimento transgênero e o ativismo da esquerda influenciou a forma como a disforia de gênero é diagnosticada e tratada na medicina e na psicologia, prejudicando o atendimento ao paciente nas últimas duas décadas.

Jennifer, ex-terapeuta e pesquisadora de trauma, afirmou que grande parte das pessoas que enfrentam a confusão de gênero sofreram graves traumas na infância, como abuso sexual, abuso psicológico e negligência.

"Quando você olha para os dados, cerca de metade das pessoas que se identificam como transgêneros também relatam algum tipo de abuso, seja emocional, psicológico, físico ou sexual", comentou Bauwens, em entrevista à Fox News Digital.

Pressão por afirmar a identidade de gênero

A pesquisadora observou que os padrões de atendimento psicológico mudaram e, hoje, pressionam e afirmam a identidade de gênero como parte do tratamento, ignorando a raiz do trauma.

“Não é apenas negligência, é quase criminoso tratar alguém com um procedimento cirúrgico que corresponde claramente ao perfil de alguém que sofreu abuso realmente grave", ressaltou.

Segundo Jennifer, os pacientes com disforia de gênero apresentam os mesmos sintomas de quem sofreu abuso.

"Algumas das razões que são usadas para dar rapidamente as pessoas tratamento de mudança de sexo, como suicídio, são uma experiência muito comum de alguém que sofreu abuso. A automutilação é uma experiência muito comum de alguém que é abusado”, disse.

Vítima de abuso sexual

Walt Heyer contou que ou a acreditar que nasceu mulher no corpo de um homem após ser abusado sexualmente e psicologicamente.

“Eu estava sendo travestida pela minha avó secretamente e ela estava me afirmando [como menina]. Ela me fez um vestido de chiffon roxo e isso foi um segredo por cerca de dois anos e meio", relatou ele.

"Quando decidi levar o vestido roxo para casa e meus pais o encontraram, eles perceberam que a vovó estava me travestindo, e eu estava gostando. Então, meu irmão adolescente adotivo me molestou sexualmente. Então é aí que entra o trauma”, acrescentou.

Na adolescência, Walt começou a se identificar como mulher e, aos 40 anos, foi diagnosticado com disforia de gênero e ou por uma cirurgia de mudança de sexo.

Ele lembra que seu terapeuta "não levou em conta que eu tinha sido abusado sexualmente, fisicamente e emocionalmente, o que era realmente o problema, e não era disforia de gênero".

O real problema

Heyer lidera o ministério "Sex Change Regret", onde já ajudou milhares de pessoas que se arrependeram de tentar mudar de gênero.

"Trabalhei com milhares de pessoas nos últimos 20 anos. E quando trabalho com eles, sempre pergunto: o que fez com que você não gostasse de quem você é? Quando mergulhamos nessa discussão, eles descascam os problemas, olhamos para trás e descobrimos que eles foram abusados sexualmente, emocionalmente, fisicamente, ou foram abandonados”, destacou ele.

Para o autor, a solução para resolver a confusão de gênero é tratar o trauma que causou a disforia e ajudar as pessoas a abraçarem a verdadeira identidade que Deus os criou.

"Algo aconteceu que fez com que eles não gostassem de quem são. Não é nem mesmo uma questão de gênero. É por isso que Jennifer se referiu a isso como uma questão de identidade. Eles gostam de dizer que é uma questão de gênero porque então você pode aplicar hormônios e cirurgia, mas isso não resolve o problema”, criticou.

Batalha espiritual

Além disso, Walt e Jennifer ressaltaram que a ideologia de gênero se trata de uma batalha espiritual.

"O movimento de gênero não é apenas sobre apagar o masculino ou o feminino. Na verdade, se trata de apagar a própria imagem de Deus e da família”, declarou Jennifer

“Há atributos de masculino e feminino que Deus incorporou de forma única em nosso DNA, em nosso design e quando você tenta apagá-los, você está apagando um aspecto do próprio coração e natureza de Deus”, alertou ela.

Para a pesquisadora, a crise de saúde mental na juventude americana é consequência do movimento ideológico que distorce a identidade do ser humano.

"Quando uma geração tenta apagar o próprio desígnio de Deus, ficamos com pessoas que não têm identidade, sem leme, sem senso de que há um propósito maior para a vida, que há significado através do relacionamento e de como Deus nos fez”, pontuou.

“Então, eu diria que há muito mais em jogo na batalha que estamos enfrentando. E é realmente uma luta espiritual que estamos abraçando aqui", concluiu Bauwens.

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